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Abandona-te ao absurdo fluir do tempo
e ao negro e fundo abismo da dor!
Consome-te na nefasta inquietação da noite
esquece a paixão, a amizade, o amor!
Queima a glória que te abrasa
derruba os sonhos que te iludem!
Veste-te das cinzas que t’engolem
esquece as marés, o vento, a cor!
Sobe agora ao patamar da saudade
despe-te de todo teu quente fulgor!
Extirpa a réstia esperança que t’acode
entreabre teus lábios corrompidos d’amor!
Deixa que as trevas consumam teu corpo
e que toda a luz do globo se apague!
Que teus lábios clamem piedade
e que a morte te sufoque - na dor!
Sophie Gaarder
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